terça-feira, 19 de junho de 2012

Sonho Azul
O RITUAL DO BANHO



Chega em casa
do trabalho cansada
da longa caminhada
suada
e neste dia tacanho
de sol abrasador
almeja
refrescante banho.

Gotas de água cristalina
que do chuveiro caem
esfuma ceantes pingos mornos
deslisam em tua pele
desenhando teus contornos
deixando-te relaxada
arrancando de ti também
suspiros de prazer
gemidos que de tua boca saem.

Teus negros cabelos
da água molhados
de teu champu perfumados
doce aroma permeia o ar
enfeitiça os sentidos
de uma maneira estranha e tamanha
que tivesse eu perto
por certo
estaria extasiado.

Ah!a hora do banho
devaneios de um apaixonado
quimeras insones
culpa de bandido coração
que por ti bate desritmado.

Invejo a água que te banha
que percorre teu corpo
como amante lascivo
que te sondas os segredos
escondidos sob tua pele
de mim ainda escondidos.

Após o banho a toalha
macia e felpuda
te acaricia o corpo
percorre todo teu ser
como serpente venenosa
perscuta teus segredos inconfessos
descobre no banho teu prazer.

Que mistérios teu banho esconde
tão longe do meu olhar
de traz de porta fechada
que não me permites revelar
ao qual somente posso versar.
_*)
Sonho Azul
Longe dos olhos

tão distante do meu olhar

corrompe minha serenidade

tua implacável ausência

priva-me de admirar-te

mas jamais de amar

e como um cego na multidão

tateio teus lugares

busco tua essência

teu suave aroma primaveril

tento diminuir essa angustia.

Por onde andas que não a encontro

tão longe do meu olhar

meu peito a queimar, a arder

consumindo-se no fogo da paixão

sem afeto

sem visão

tua ausência é comburente

o combustível que queima

coração para no tempo

ensaia um adeus

longe dos olhos teus.

Onde andam hoje

os olhares teus

tão distante e ausente

já não mais divisam

os olhares meus

castiga o meu ser

essa ausência de olhares

meus olhos

antes incansáveis

já não buscam os olhares teus

resta o brilho da lagrima

que lavam os olhares meus.
 

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