quarta-feira, 28 de março de 2012


Poema para Portugal
* Por Coriolano Correa
As ruas estreitas, amiúde tortuosas;
o muro de pedra,
a hera que nele cresce, nele se enreda
e o enfeita, dando-lhe um toque de tão singela poesia.
É o céu azul, translúcido,
é o cheiro do café, do chouriço, da sardinha assada,
que se nos entranha gostosamente
e que é levado pela brisa, às vezes fria , do norte.
E é essa língua de sílabas corridas, mas deliciosamente compreensível.
É esse povo, enfim, a um tempo reservado e afável,
briguento e prestativo;
é esse Portugal que um dia se mesclou com o sangue moreno e morno
do meu Brasil,
onde a toada lusa ganhou o sabor temperado do trópicos.

• Arquiteto e poeta brasileiro residente em Funchal

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