segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

texto todos extraido da editora eme

Amor Eterno

— Você gosta do meu vestido? — perguntou uma menina para uma estranha que passava. Minha mãe fez para mim! — comentou com uma lágrima nos olhos.
— Bem, eu acho que é muito bonito. Mas me conte porque você está chorando, disse a senhora. Com um ligeiro tremor na voz a menina falou:
— Depois que mamãe me fez este vestido, ela teve que ir embora.
— Bem, disse a senhora, agora você deve ficar esperando por ela. Estou certa que ela voltará em breve.
— Não senhora, a senhora não entendeu. Meu pai disse que ela está com meu avô, no céu.
Finalmente, a mulher percebeu o que a criança estava dizendo e porque estava choramingando.
Comovida, ajoelhou-se e carinhosamente, embalou a criança nos braços.
Acariciando-a, chorou baixinho com ela.
Então, de repente, a menina fez algo que a mulher achou muito estranho: começou a cantar.
Cantava tão suavemente que era quase um sussurro. Era o mais doce som que a mulher já tinha ouvido. Parecia a canção de um pássaro. Quando a criança parou de cantar, explicou para a senhora:
— Minha mãe cantou esta canção para mim antes de ir embora. Ela me fez prometer sempre cantar quando começasse a chorar, porque isso me faria parar.
—Veja — exclamou a criança — Cantei e agora os meus olhos estão secos.
Quando a mulher se virou para ir embora, a pequena menina se agarrou na sua roupa.
— Senhora, pode ficar apenas mais um minuto? Quero lhe mostrar uma coisa.
— Claro que sim, falou a dama. O que você quer que eu veja?
Apontando para uma mancha no seu vestidinho, a menina falou:
— Aqui está a marca onde minha mãe beijou meu vestido. E aqui— disse apontando outra mancha— é outro beijo, e aqui, e aqui. A mamãe disse que colocou todos esses beijos em meu vestido para que eu sempre tenha seus beijos se algo me fizesse chorar.
Naquele momento a senhora percebeu que não estava apenas olhando para uma criança, cuja mãe sabia que iria partir e que não estaria presente, fisicamente, para beijá-la mais.
Aquela mãe havia gravado todo seu amor no vestido da sua pequena e encantadora criança. Vestido que agora a menina usava tão orgulhosamente.
A mulher já não via apenas uma menina dentro de um simples vestido.
Via uma criança embrulhada no amor de sua mãe.

***


A morte a todos alcança. Preparar-se para recebê-la com dignidade, preparando igualmente os que permanecerão na Terra por mais tempo, demonstra altruísmo e grandeza da alma.
Como Jesus nos afirmou que nenhum de nós sabe exatamente a hora em que terá que partir, importante que distribuamos o nosso amor e vivamos as nossas vidas em totalidade.
Assim, quando tivermos que partir, as lembranças do que fomos e do que fizemos, aquecerão as almas dos nossos amores, amenizando o vazio da nossa ausência física.

Pensemos nisso!
 

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