sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Sonho de papel
Há quem faça do sonho o seu sol...
Há quem ame verdadeiramente sem fim.
Há rosas e espinhos juntos num mesmo jardim,
Há pólvora por todo o chão desse paiol.
E assim escrevo pra afogar o que não fui...
Sigo nessa reta sem pressa de chegar...
Vago estrelas num céu que se dilui...
É como morrer de sede ante ao mar.
Buscais na alvorada a paz desejada,
Que subjuga a dor que se deságua...
Numa aquarela tingindo o nosso céu.
E das espumas jogadas ao vento...
Sou apenas um pedaço de relento...
Rabiscado nesse sonho de papel.
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