sábado, 27 de outubro de 2012

Poema
Fernanda de Castro Maria Fernanda Teles de Castro e Quadros Ferro Portugal 1900 // 1994 Escritora
Até que um Dia... Meus versos eram rosas, lírios, heras,
borboletas, regatos, cotovias
cantando suas doces melodias,
anjos, sereias, ninfas e quimeras.

Meus versos eram pombas entre as feras
e, na festa das horas e dos dias,
ia dançando penas e alegrias
e o ano tinha quatro primaveras.

E a festa continua... é também festa
o cardo e a urze, o tojo, a murta, a giesta,
a chuva no beiral, o vento Norte,

o gosto a mar, a lágrimas, a sal,
até que um dia a vida, a bem ou mal,
exausta de cantar me empreste à morte.

Fernanda de Castro, in "E Eu, Saudosa, Saudosa"
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todos direito reservado a escritora Maria Fernanda Teles de Castro e Quadros Ferro Portugal 1900 // 1994 Escritora texto retirado do site no google.

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